ATENDIMENTO
0800 039 4269

ANA e órgãos gestores avaliam período chuvoso

31 JAN 2011

Foi realizada em 21 de janeiro, na sede da Agência Nacional de Águas (ANA), em Brasília, uma reunião para avaliação do período chuvoso 2010/2011 e perspectivas para o trimestre de janeiro a março entre órgãos governamentais federais e estaduais com atuação nas áreas de prevenção, monitoramento e mitigação dos impactos de inundações.

A reunião contou com a participação dos seguintes órgãos: Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Centro de Previsão de Tempo e Clima (CPTEC) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) e dez representantes das secretarias de recursos hídricos e/ ou órgãos gestores de meio ambiente dos estados de SE, AL, BA, PE, PB, GO, MG, ES, SP e RS.

O CPTEC/Inpe e o Inmet apresentaram uma avaliação das precipitações ocorridas desde o início do período chuvoso (outubro de 2010) e as previsões para o trimestre de fevereiro a abril de 2011. Os destaques da previsão climática, por consenso, foram de continuidade de atuação do fenômeno “La Niña”, com persistência de condições de estiagem para o centro-sul da região Sul, maior probabilidade de chuvas acima do normal para o norte da região Norte e alta variabilidade espacial e temporal das chuvas sobre as regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste do Brasil, não sendo descartada a possibilidade de ocorrência de grandes volumes de chuvas localizadas sobre a região Sudeste.

O ONS apresentou a situação dos reservatórios dos aproveitamentos hidrelétricos integrantes do Sistema Interligado Nacional (SIN), que  operam predominantemente, neste ciclo, em normalidade. No entanto, destaca-se a situação de emergência na usina de Funil-Grande, no rio Grande, onde teve que ser rompida a vazão de restrição, ou seja, tem sido liberado mais água do reservatório do que o previsto.

Além disso, na bacia do rio Paraíba do Sul, abaixo da hidrelétrica Funil, a situação é de alerta porque os volumes de espera, ou seja, os espaços vazios dos reservatórios destinados à contenção de cheias, estão sendo ocupados e também devido à elevada vazão incremental até a cidade de Barra Mansa (RJ).

O CPRM apresentou a situação dos sistemas de alerta hidrológicos sob sua responsabilidade em operação no País, como o Sistema de Alerta da Bacia do Rio Doce, que tem propostas de melhoramentos significativos para o ano de 2011, do Sistema de Previsão de Níveis no Pantanal, do Sistema de Previsão e Alerta da Bacia do Rio Caí (implantado em 2010) e do Sistema de Monitoramento Hidrológico da Amazônia Ocidental, com produção semanal de boletins, assim como do Sistema de Alerta para a cidade de Manaus, e suas perspectivas de ampliação.

A ANA contextualizou o quadro hidrológico e apresentou o projeto Atlas de Vulnerabilidade a Inundações, cujos primeiros passos foram dados pela Agência no segundo de 2010. O projeto deverá ser executado em conjunto com os órgãos gestores de recursos hídricos e de defesa civil dos estados. A agência também fez uma apresentação sobre a Lei nº 12.334/2010, que trata da segurança das barragens, que atribui à ANA a coordenação do novo sistema a ser implantado. 

Os representantes dos estados informaram que possuem estrutura mínima na área de monitoramento hidrometeorológico e sistemas de alerta e destacaram a necessidade de aperfeiçoamento, por meio da aquisição de mais equipamentos, da montagem de suas salas de situação e do aumento do quadro técnico efetivo, com adequada capacitação. Por fim, enfatizaram a importância de parcerias com a ANA, o Inmet e o Inpe, com vistas ao apoio técnico nesse processo.

Ao final, as instituições presentes reforçaram a importância das previsões meteorológicas na prevenção dos eventos críticos, em especial de inundações, aliada com a melhoria da previsão quantitativa, ou seja,  intensidade das chuvas, e da delimitação da abrangência espacial.  Por fim, todos reafirmaram a necessidade de um enfoque maior nas ações de prevenção, que deverão culminar com a elaboração, pelos órgãos gestores e de Defesa Civil, de Planos de Contingências e na melhoria da divulgação das informações sobre eventos hidrológicos críticos para as populações.

Fonte:

AGENDA


Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

COMITÊS